terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mudanças...

Eu fui crescendo, e desde bem pequena já tive que me acostumar com as mudanças. Mudança de casa, de escolas, de cidade e até de estado. Essas mudanças aconteciam por causa do tipo de trabalho do meu pai, ele era encarregado de obras de uma empresa (Imperpavi) de recapiamento de asfalto, então quando a obra daquela cidade acabava, tínhamos que mudar para outra, e isso acontecia em média de duas a três vezes no ano.
Com essa situação eu tinha dificuldade em  aprofundar relacionamentos e sempre que estava começando a me acostumar com os amigos, com a escola, com os professores, lá ia eu arrumando novamente a minha mudança.
Talvez outra criança no meu lugar tivesse muita dificuldade com essa situação, em que toda hora troca-se tudo na vida, porém eu tirava de letra essas dificuldades pois sempre fui muito espontânea e extrovertida e até gostava da novidade e de ter muitos colegas espalhados por esse Brasil e também mudar de escola.
Pense...Se o professor fosse chato logo teria a chance de ter outro professor e não precisaria esperar até o outro ano.
E como sempre fui chorona, as despedidas eram a parte mais tensa desta hitória de idas e vindas, mas essa vida nômade que eu levava me ajudou a adquirir alguns hábitos que levo comigo até hoje como: escrever (pois me correspondia com cartas com todos meus colegas, não tínhamos internet) e também a  facilidade de adaptação, que faz com que eu me sinta em casa em qualquer lugar num curto espaço de tempo.
Todas as nossas experiências são valorosas, só precisamos tirar o melhor de cada situação!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Filhos do coração!

 ''Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade. ''
                                                                                                               Efésios 1:4-5


Não poderia começar esse texto sem citar esse versículo, pois o assunto de hoje nos remeterá a um tema que sempre me sensibilizou: adoção.
Depois do meu nascimento, fiquei morando com minha mãe na casa dos meus padrinhos como já havia citado e permaneci nessa situação até completar  quase dois anos.Foi nessa época que minha mãe conheceu um homem chamado Rubens que estava a trabalho em Campo Grande- MS e depois de se conhecerem resolveram morar juntos.
Minha mãe me disse que quando ela me apresentou a ele, foi ''amor a primeira vista", ele se encantou comigo e falou que queria ser o meu pai...desde então eu sempre o tive como a figura masculina.
Fui adotada como sua filhinha e apesar dele não ter nenhuma responsabilidade em relação ao meu nascimento, sempre fui tratada com carinho, mimos e  respeito, tendo assim todas as condições  necessárias para crescer saudável e feliz!
É claro que poderia citar muitas queixas em relação a algumas das  condutas dele ou até da  sua forma de educar, contudo, independente disso ele me deu o seu melhor, o seu amor, seu tempo, seu nome, agora já não era uma bastarda, tinha uma família completa!
Assim como Deus me escolheu antes da fundação do mundo para me adotar como sua filha, o senhor Rubens também escolheu ser o meu pai, e eu sou muito grata por sua atitude.
Hoje também tenho o desejo de adotar uma criança, para que ela tenha uma família como eu tenho e para que eu possa amá-la de todo meu coração e dar a ela o meu melhor...